Estive pensando sozinho e tive uma ideia pra ti. Namore um trouxa. Eles são fáceis de achar. Estão chamando tua atenção e te procuram quando estás escondida. Nos dias mais difíceis do teu cabelo, lá estão os tais. Jorrando elogios pelos olhos. Te sentem bela ainda que o espelho fale absurdos.
Por favor, fujas dos durões orgulhosos, quando tu os xingas, se vão bravos e decididos a nunca mais voltarem. Melhor é ter um trouxa. Tu o mandarás ir pro quinto dos infernos, mas ele só iria aos diabos se fosse contigo. É mais sensato ter alguém que quando tu pedes distância, continue por perto. Pois se sempre atenderem teus gritos e fugirem… Quem restará?
Estou bambo com tamanha revelação. Os trouxas tão criticados e sofridos, difamados pelos propagadores do “ame muito a si mesmo”, são quem mais sabem amar. Perdoam, dão o braço a torcer, chutam a caixinha do egoísmo e dizem “fique aqui”, quando aquela outra parte quer se partir.
Tu dirás deles palavras vãs. Acharás que estão assim desvairados e loucos porque és única. Nada tem a ver com isso, não é uma questão de vaidade. Os bons trouxas descobriram beleza em ti que nem tu mesma viste. E se a beleza está nos olhos de quem vê, és tu quem precisa dos olhos deles pra ser um deslumbre.
Namore-o. Reinvente tuas ideias e encontre neles teu amor tranquilo. Ou mastigue a dura verdade (talvez seja mentira, mas prova o sabor dela ao menos):
– Quem não ama o amor dos trouxas, é bem mais trouxa ainda.
Texto de : Alan Lima
0 comentários:
Postar um comentário
Muito obrigada por ler o conteúdo do blog e obrigada também por se disponibilizar em comentar as postagens! Fique a vontade para interagir e seja muito bem vindo (a)!